Abstract |
O objetivo do estudo foi discutir as taxas de cesarianas em um hospital-escola referencial no atendimento as gestantes no interior paulista. Foram analisados os dados das Declarações de Nascidos Vivos referentes ao ano de 2005. Os resultados apontaram uma incidência de 78% de cesarianas contra 45,31% no país no mesmo período. Em uma série histórica entre 2001 a 2005 observaram-se um aumento consecutivo das taxas, 49%; 65%; 69%; 74% e 78%. Entretanto, esse aumento não foi acompanhado por mudanças estruturais ou do perfil de atendimento hospitalar. Do perfil das mulheres, igualmente na literatura, observou-se uma associação positiva entre maior escolaridade e maior número de consultas pré-natais analisadas. Sobre a fonte de financiamento do parto no hospital verificou-se que a grande parte (71%) coube ao Sistema Único de Saúde contra 29% financiado pelo sistema privado. Ainda, entre os partos financiados pelo SUS, 69% foram cesáreas contra 99% no sistema privado. Altas taxas de partos cesáreos intensificam os riscos à mãe e à criança, assim como contribuem para elevar o financiamento público com a saúde. Os estudos buscam associação entre os padrões socioeconômicos, grau de escolaridade, idade, número de consultas pré-natais das mulheres, formação médica dos profissionais e altas taxas de cesáreas. |