Abstract |
O trabalho investiga as assimetrias de classe social na distribuição do estado de saúde da população brasileira. Modelos de regressão logística são estimados para determinar a relação entre a posição de classe e a autoavaliação do estado de saúde. De um lado, as relações de propriedade, o exercício de autoridade e a posse de qualificações escassas minimizam as ocorrências de estados negativos saúde, assim como, de outro lado, o trabalho tipicamente explorado e a exclusão do controle de recursos econômicos geram desvantagens relativas de saúde. As categorias de classe social fazem emergir uma importante fonte de variação na distribuição das chances de saúde que é independente e adicional aos indicadores de indicadores usuais nos estudos de saúde, como grupos de renda relativa, bens acumulados e educação. As evidências obtidas são favoráveis à proposição sociológica de que esta divisão social fundamental é capaz de enfeixar múltiplas dimensões e trajetórias que determinam consequências de saúde. |