Abstract |
Analisam-se os resultados das condiçöes gerais de morbilidade percebida na populaçäo brasileira, nos seus diferentes níveis sócio-econômicos, na Regiäo Nordeste, no Estado de Säo Paulo e Brasil como um todo. Os aspectos relacionados à conceituaçäo da morbilidade, percebida no corpo geral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 1981, deixam antevir, que os resultados encontrados exprimem, näo necessariamente, as condiçöes reais de saúde da populaçäo brasileira. Näo obstante, demonstram os diferentes valores ideológicos e culturais na percepçäo da doença por parte das classes e categorias sociais e a influência social e regionalmente diversificada da oferta de serviços de saúde. A partir da discussäo do conceito de morbilidade, os problemas de saúde foram entendidos como aqueles que predominantemente causaram algum tipo de limitaçäo das atividades habituais. Conclui-se que a proporçäo de pessoas que limitaram suas atividades entre os que declararam problemas de saúde, é consideravelmente elevada: Brasil (66,3%); Säo Paulo (65,3%) e Nordeste (65,8%) (p167). Ademais, os resultados revelaram proporçöes mais elevadas de pessoas com problemas de saúde entre as classes com maior renda familiar per capita, em qualquer idade ou regiäo considerada. Por outro lado, a negaçäo da doença, é mantida entre a populaçäo de baixa renda, até quando impeça concretamente a consecuçäo do trabalho. Um último aspecto que desempenha papel fundamental entre os fatores condicionantes da percepçäo da doença, pode ser localizado na estrutura e oferta dos serviços de saúde existentes no território nacional. |