Investiga como as crianças veem a influência da violência da televisão nas brincadeiras infantis. O objetivo principal deste estudo é conhecer a óptica das crianças, escutar o sujeito que fala, ou melhor, ouvir a criança que brinca, nesse caso, crianças de oito a 12 anos, estudantes de escolas públicas e de escolas particulares, estratificadas por gênero e série escolar, de várias zonas ou regiões demográficas da cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará, Nordeste do Brasil, acerca do modo como compreendem a influência da violência exibida na TV nas brincadeiras infantis, analisando se reconhecem tais conteúdos como violentos, se os reproduzem em suas brincadeiras e se influenciam em suas interações grupais. Dada a natureza da investigação, emprega-se a combinação de dois recursos metodológicos, um de caráter quantitativo e outro qualitativo, aplicado ora sucessivamente, ora simultaneamente. Predomina o foco nos números e percentuais, com a apresentação de gráficos, planilhas, tabelas e quadros comparativos, já que o estudo busca conhecer hábitos cotidianos e preferências por programas e personagens de TV das crianças em relação às mídias, especialmente, a televisão. Já a utilização da metodologia qualitativa permitiu enveredar pelo universo simbólico infantil, obtendo opiniões mais aprofundadas, ensejando a apreensão de referências, valores e crenças mais subjetivas, conhecendo motivações, representações e os sentidos estabelecidos sobre as práticas. Este estudo elabora análises globais e específicas, de forma integrada, utilizando como base os resultados coletados por meio dos métodos quantitativos e qualitativos, recorrendo também à fundamentação de conceitos, estudos e argumentos de diversos autores com foco nesta área de estudo, assim como a utilização de dados ou informações de outras pesquisas ou estudos transversais já realizadas na área como referência comparativo-analítica.