Esta dissertação é formada dois ensaios com temas vinculados à educação. O primeiro ensaio investiga a evolução das desigualdades de oportunidades educacionais no Brasil sob o prisma das etnias e dos gêneros, com base na concepção de John Roemer (1998) de Igualdade de Oportunidades. Para quantificar a desigualdade são utilizados os índices de dissimilaridade de Yalonetzky (2010) aplicados aos microdados da PNAD de 2011. Para a amostra estudada, os resultados apontaram para a redução da desigualdade de oportunidades educacionais na dimensão étnica e para seu aumento, no âmbito dos gêneros, ao longo dos anos. O segundo ensaio busca avaliar o impacto da universidade pública sobre o seu egresso, medido principalmente sob a forma de rendimentos do trabalho. Através de modelos baseados na Equação de Mincer (1974), buscou-se verificar os principais determinantes da renda do egresso, utilizando-se, para tanto, uma amostra de dados de egressos da UFRGS. A análise apontou para conclusões que levam a crer que o diploma da universidade pública não é suficiente para, em termos de rendimento, compensar discriminações existentes no mercado de trabalho analisado. Outra contribuição do ensaio foi apontar, para algumas áreas do conhecimento, a remuneração média, a incidência de desemprego, a relevância atribuída pelo egresso à formação recebida e seu vínculo à atividade profissional exercida.