Abstract |
Introdução: O envelhecimento humano é um processo gradativo e inevitável e se caracteriza por várias alterações fisiológicas e psíquicas. Nessa fase observa-se o início de limitações corporais e declínio dos processos cognitivos de forma lenta e progressiva, o que implica uma atenção diferenciada em termos de atos, procedimentos, abordagens, conteúdos e métodos, na medida que a atenção à saúde é por natureza um processo de trabalho que se materializa mediado pela interação entre população idosa, equipe de saúde, gestores, comunidade e outros atores. O Objeto de estudo desta Dissertação é a educação em saúde como um atributo de toda e qualquer prática de saúde e a prescrição e ingestão de medicamentos entre os idosos são fatos selecionados que dão materialidade à realidade em estudo. Objetivo foi descrever o processo de interação entre o profissional de saúde e a pessoa idosa no tocante ao uso de medicamentos em um Centro de Saúde do Distrito Federal. A Metodologia de estudo utilizada foi descritiva, de caráter exploratório e de natureza qualitativa e a coleta de dados foi realizada mediante as técnicas do Grupo Focal, Entrevistas semiestruturadas, Observação participante, Pesquisa bibliográfica e Pesquisa documental. Considerações finais: Os problemas da prescrição e ingestão medicamentosa pelo idoso (a) são aspectos parciais da interação que está na base das práticas de atenção à saúde no Centro de Saúde em Estudo. Remete para o modelo tecnoassistencial que materializa as práticas de saúde na Unidade em termos de estrutura, organização processo de trabalho e emprego tecnológico. Nesses termos traz para o centro da discussão a educação em saúde como tradução desse processo interativo entre equipe de saúde, idosos, comunidade, e familiares e evidencia que a interlocução entre esses sujeitos está limitada a uma ação de natureza predominantemente informativa, o que aponta para a necessidade de expansão das práticas de atenção como um todo e de forma específica daquelas voltadas para a população idosa em termos de abordagens que contemplem novos espaços, sujeitos, objetivos, conteúdos e metodologias. Nesse sentido, desvenda possibilidades de reorientação das práticas de atenção ao idoso com base no vasto acervo teórico e normativo que recomendam ações baseadas no estreitamento dos vínculos, na humanização do acesso aos cuidados; no acolhimento: na amorosidade na relação e no protagonismo orientado para a autonomia do idoso. |