Os Efeitos Trabalhador Adicional e Desalento no Brasil

Type Working Paper
Title Os Efeitos Trabalhador Adicional e Desalento no Brasil
Author(s)
Publication (Day/Month/Year) 2005
URL http://core.ac.uk/download/pdf/6357238.pdf
Abstract
O efeito desalento foi introduzido por Long (1953). Segundo esse efeito, em momentos de recessão, quando o salário esperado e a probabilidade de conseguir uma vaga são mais baixos, trabalhadores desempregados optam por deixar de procurar emprego, o que provoca uma queda na taxa de participação na força de trabalho. O efeito trabalhador adicional, por outro lado, atua na direção oposta. A queda na renda real das famílias em períodos de recessão faz com que haja uma entrada de outros membros da família no mercado de trabalho remunerado, com o objetivo de manter o nível de consumo da família inalterado. O efeito trabalhador adicional tem sido medido basicamente pela entrada temporária de mulheres casadas - cujos maridos antes empregados, se tornam desempregados - na força de trabalho. Nesse artigo, aprofundamos a abordagem empírica sobre o efeito trabalhador adicional no Brasil utilizando os dados da PME. Mostramos que, ao se incorporar variáveis relacionadas ao efeito desalento na análise, o efeito trabalhador adicional deixa de ser significativo quando se estuda o conjunto dos trabalhadores, permanecendo significativo apenas para aqueles com baixa remuneração e escolaridades relativas. A análise empírica consiste em comparar a probabilidade de participação no mercado de trabalho de esposas cujos maridos permaneceram empregados ao longo da amostra com esposas cujos maridos perderam o emprego. O efeito desalento é captado pelo impacto sobre a participação das mudanças nos ciclos econômicos, que estão representados pela média dos rendimentos do trabalho principal para o total de ocupados nas regiões metropolitanas e pela taxa de emprego.

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