Type | Corporate Author |
Title | Documento informativo para o Workshop de Lisboa sobre a Promocao de Hortofruticolas nos Paises de Expressa o Portuguesa |
Publication (Day/Month/Year) | 2006 |
City | Geneva |
Country/State | Switzerland |
URL | http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/43416/1/9789248594038_por.pdf?ua=1 |
Abstract | Os hortofrutícolas, representam uma parte fundamental da alimentação saudável que deve ser praticada diariamente. De um modo geral podemos dizer que estes alimentos são fornecedores insubstituíveis de minerais (potássio, zinco, cálcio, magnésio, cobre, etc.), de algumas vitaminas (especialmente de vitamina C), de diversos compostos protectores (ex.: flavenóides) e de diferentes tipos de fibras alimentares ou complantix. Pela sua riqueza em micronutrientes reguladores essenciais à manutenção do bom estado de saúde, estes alimentos denominam- se, de um modo geral, por protectores; e como fornecem uma grande variedade de nutrientes, especialmente micronutrientes, designam-se também por alimentos com elevado valor nutricional. A OMS coloca o baixo consumo de hortofrutícolas como um dos 10 principais factores de risco para a mortalidade e morbilidade no mundo. Hortofrutícolas são um componente essencial de uma alimentação saudável e, se consumidos diariamente nas quantidades adequadas, podem ajudar a prevenir doenças tão prevalentes como as doenças cardiovasculares e determinados tipos de cancro. De acordo com o Relatório Mundial da Saúde 2002, estima-se que o baixo consumo de hortofrutícolas seja responsável por cerca de 19% dos cancros gastrointestinais, 31% da doença cardiovascular isquémica e por 11% dos enfartes do miocárdio, e que potencialmente mais de 2,7 milhões de vidas podiam ser salvas todos os anos se cada pessoa consumisse porções adequadas de frutas e hortícolas 1 . Tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento, o baixo consumo de hortofrutícolas é apontado como um factor favorecedor do aumento do risco do aparecimento de doenças crónicas não transmissíveis (DCNT) 2 3 4 . A evidência científica actual salienta o papel protector do consumo adequado de hortofrutícolas na redução do risco do aparecimento de diabetes mellitus tipo 2, e na significativa redução do risco de doença isquémica cardíaca e enfarte 5 . De todos os factores alimentares considerados para a prevenção de cancro, o que reúne maior evidência científica quanto ao seu efeito protector é o consumo de hortofrutícolas. Uma revisão internacional da Agência Internacional para Investigação de Cancro (IARC), concluiu que o consumo de hortofrutícolas pode reduzir o risco do aparecimento de alguns cancros, particularmente cancros do tracto gastrointestinal. A IARC estima que, mundialmente, a percentagem de cancros preveníveis devido ao baixo consumo de hortofrutícolas varia entre os 5 e 12% para todos os cancros, e entre os 20 e 30% para os cancros do aparelho gastrointestinal superior 6 7 . O baixo consumo de hortofrutícolas é um dos factores que contribui decisivamente para as deficiências em micronutrientes nos países em desenvolvimento, especialmente nas populações com baixo consumo de alimentos de origem animal tais como carne, leite e lacticínios 8 . Os hortofrutícolas constituem a fonte mais acessível e sustentável de vitaminas, minerais, oligoelementos e outros compostos bioactivos minoritários. Assim, o aumento da produção e consumo de hortofrutícolas revela-se a forma mais directa e de menor custo para aumentar o valor nutricional das dietas da população dos países mais pobres. |
» | Angola - Inquérito aos Agregados Familiares sobre Despesas e Receitas 2000 |